Jantar com Eike e Thor Batista.
Apesar de termos dividido um galeto com farofa de coração de frango, duas Bavária e um churro de doce de leite numa padaria da Tijuca, Eike estava eufórico e cheio de esperança.
Devido à uma manobra de seu diretor financeiro na Bolsa, as ações da OGX tinham conseguido um aumento de 100%: foram de 0,1 para 0,2 centavos.
Em determinado momento, Thor teve de segurar o pai que agarrou-se a um outro mendigo, que comia uma quentinha na calçada, e tentou dançar valsa com ele.
Depois do jantar fomos os três para a Barra da Tijuca. Eike teve a ideia de tomarmos conta dos carros que lotam a frente da Churrascaria Porcão nas épocas de festas de fim de ano. Contamos as moedas e vimos que dava para ir de van.
Infelizmente só chegamos no local depois das três da madrugada. Só estava por lá Ronaldo, de mãos dadas com uma pessoa que tivemos dificuldade de definir se era um rapaz ou uma moça.
Thor estava sonado e de ressaca. Eike lhe apontou um arranha-céus de sua propriedade na avenida Armando Lombardi e disse:
- Um dia, tudo isso não vai mais ser seu, Thor. Mas, por enquanto, nós podemos dormir debaixo da marquise...
Pegamos uns restos de linguiça que estavam largados num prato na varanda da steak house, metemos nos bolsos e fomos dormir. O café da manhã promete ser melhor que a ceia.